#vou até confessar que uma lagrima rolou e tals
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goddessxtheia · 7 years ago
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✧ * º • ☾ I don't deserve your love — pov 」
                        ——— Mamãe! A curta distância fora percorrida com passos largos e velozes, nunca em toda a sua vida precisara tanto de Emily quanto naquele momento. Nem mesmo quando se sentia deslocada em meio a beleza familiar estampada na face dos irmãos, enquanto ela não tinha nada que se quer remetesse a tal beleza, naquele dia uma conversa longa sobre uma maldição a fizera entender que só poderia ser de fato uma patinha, fora uma maldição que a fizera sentir parte da família novamente, chegava a desejar que uma nova maldição a fizesse se sentir normal uma vez mais. Os finos braços apertaram o corpo esguio contra o próprio.——— Eu precisava tanto te ver… Não era capaz de pronunciar nenhuma das frases que planejara, as imagem do baile ainda estavam muito nítidas em sua mente, os sentimentos conturbados ameaçavam se materializarem em lágrimas, mas a jovem as conteve. — O que aconteceu com você, minha pequena Nótt? O uso do segundo nome era algo comum, uma vez que fora de escolha da mãe, mas a forma carinhosa com que a chamara, essa sim era novidade, desde que se negara a contar o nome do pai de seu filho, a relação mãe-e-filha se tornara um tanto mais tensa que o habitual.
                        Crescera acreditando que nenhuma pessoa, salvo quem dividia lações de sangue, poderia ser capaz de amar de verdade, já que esse sentimento não existia da forma como os demais acreditava. Essa cresça fora reavivada nos braços da patinha-mãe. O abraço fora desfeito cedo demais, não se sentia segura o bastante para iniciar a conversa que sua mãe desejava, mas sabia que essa teria que vir em algum momento e com os boatos crescendo em Ethereal, seria questão de tempo até que chegassem em Miamax. Indicou a poltrona ao lado de sua cama, para que a mulher se sentasse. Não colocara nenhum de seus pés para fora daquele quarto desde o baile e não pretendia faze-lo até que descobrisse uma forma de não sentir que havia um alvo em suas costas. Sentou-se sobre o colchão com o corpo de frente para aquela mulher tão bonita que parecia sugar toda a beleza do quarto, embora Aletheia não fosse capaz de fita-la nos olhos, sabia que as írises da mais velha recaiam sobre o corpo menor, sabia também que estava com uma aparência horrível, mas não se importava com aquilo, o que tinha para dizer superava a relevância da boa aparência. ——— Aconteceu muito coisa desde que retornei pra escola e… Depois falamos sobre isso. Acrescentou a segunda parte com rapidez para evitar a interrupção que sofreria quando a outra fizera menção de abrir os lábios para falar.
                        ——— Eu pedi para que a senhora viesse, porque queria que fosse eu a contar sobre o que eu e o pai decidimos. Os dígitos de Theia foram magneticamente levados até o próprio abdômen, ao que a mão da mãe se encontrava sobre o colo, como se o gesto pudesse controlar o coração que martelava, se tivesse visto tal gesto teria revirado os olhos em desgosto, odiava como o drama se fazia presente naquela família, mas não podia julga-los uma vez que ela mesma era uma rainha do drama. — E então? Havia ansiedade na indagação, quase como se pudesse influenciar a resposta, a statera só não sabia o que ela queria ouvir: Talvez que não teriam aquele filho ou então que se casariam na próxima semana e pelo espelho, Emily desejava a cima de qualquer outra coisa ter certeza que sua filha não se tornaria mãe da prole de um vilão. ——— Decidimos que teremos esse bebê. A lembrança da conversa com @hadriandeavalor preenchera sua mente, não chegara a dar essa escolha ao outro, mas se ele não quisesse ter um filho, Aletheia o teria sozinha. — Imaginei que isso já estava decido… Por que está fazendo tanto mistério com esse nome, se é um vilão, nós não vou te deserdar. Só diga de quem é esse bebê. Dessa vez as palavras vieram secas, desprovidas de sentimento, como uma intimação, solicitavam a verdade. Sabia que se não contasse agora seria muito pior.
                        ——— Não precisa se preocupar… Apertava os dígitos um contra os outros enquanto esfregava as mãos, sentia-se tão envergonhada que não podia nem ao menos recriminar a postura de Emily, oras, não importava quem era o pai, o bebê ainda seria neto dela. ——— Na verdade, ele é um príncipe. Não que tivesse problemas em ser um vilão. Ao atirar as ultimas palavras ergueu o olhar esverdeado para a face da mãe, precisava ver aquela expressão de exasperação se transformar em um semblante esperançoso, até mesmo um sorriso se formou nos lábios alheios. — Um príncipe… Por acaso é aquele seu amigo, o príncipe Kingsley Fitzherbert? Imaginei que essa amizade poderia se transformar em algo além. Oh, pelo espelho. É ele, não é? Sempre acreditei que você saberia escolher o homem certo. A felicidade de sua mãe chegava a enjoa-la, mas nunca saberia se estava de fato enojada com o entusiasmo ou se era apenas mais um dia em sua rotina diária de grávida. ——— Não… Não! Não vou ter um bebê com o @kngsleys​… Credo mãe! Se bem que… Queria poder dizer que seria alguém tão legal e bom como o Kings, mas não é ele.
                        Não existia nenhum problema com o Fitzherbert, e esse era exatamente o empecilho que a impedia de vê-lo como qualquer coisa além de seu amigo, não podia sair com caras legais como ele, não quando havia a mínima chance de se apaixonar por outra pessoa, aquele local estava ocupado a tempo demais por uma única pessoa para que ela tivesse que se preocupar em substitui-lo. As lágrimas que simplesmente ameaçavam despontar agora estavam livremente formando trilhas na face da mais jovem, odiava o fato de que não conseguia controla-las, as costas das mãos trataram de limpar a face antes que a mãe as visse, mas claro que já era tarde demais. — Não estou te entendendo, o que há de errado?
                        ——— Tudo! Mamãe, eu estraguei tudo… Eu manchei o nome da nossa família, o papai nem me olha mais como antes, a senhora só se preocupa com a porcaria de uma coroa enquanto eu estou destruindo tudo o que toco… A vida do Hadrían… Eu não podia acabar com a vida dele, mas acabei… E todo mundo me olha como se eu tivesse alguma maldição horrível… A face escondida por trás dos dígitos com unhas bem-feitas, tentava ocultar não apenas as lagrimas e a vergonha, mas também o quanto dizer aquelas palavras era penoso, nunca fora o tipo que assumia culpa, pelo contrário sempre que podia a jogava sobre as costas de alguém, mas ali estava ela se sentindo a pior das pessoas, quase que responsável por tudo de ruim que acontecia. Sentia-se mal até mesmo pelo próprio Hadrían, o rapaz era tão vitima das circunstancias quanto ela mesma. Sentir o abraço da mãe que se sentara ao seu lado na cama a fizera recuar. Não, ela não merecia aquele consolo. — Espera… O filho da rainha Elena? Ele e a Alaïs não… As palavras se perderam em meio ao ambiente, uma indagação sem a necessidade de resposta. No semblante uma expressão de profunda vergonha. Parecia suplicar para que a mãe não se demorasse naquele assunto, ainda que soubesse que seu pedido seria completamente negado.  — Filha, você ainda tem a mim, seu pai, nós somos uma família, mesmo a @alaiscrotinha vai em algum momento ficar do seu lado. E o Narciso? Vocês sempre foram tão unidos.
                        Erguera o corpo o mais rápido que sua estrutura corporal permitiu, andando para longe da cama e então caminhando nervosamente de um lado para o outro, a mão destra sobre a têmpora e os pensamentos em um fluxo desordenado, como poderia fazer sua mãe entender, ela nunca tivera que passar por nada parecido. ———  Você não entende o quanto eu traí a minha própria irmã. Eu idolatrava a Alaïs, queria ser tanto como ela e… Nunca imaginei que alguém ficaria sabendo do Hadrían e eu… Não fiz nada pra magoar a Elin, mas… Ah, eu sou a pior parte dessa família… Como conseguira ser tão burra, estava em uma posição tão ruim e afundava todas as pessoas próximas para aquilo também. Não era o suficiente estar gravida tão jovem precisava de todo aquele drama para agravar a situação e ainda assim tinha seus próprios problemas internos ———  E ninguém vai entender o quanto eu perdi o @evilmirrors… Ele vai encontrar uma garota legal, se casar e ter um final feliz, mas eu… Eu vou ficar aqui, vou ficar aqui pra sempre, porque a minha vida acabou. 
                        Quase conseguia ouvir as engrenagens na cabeça de Emily funcionando, temia que ela se demorasse pensando sobre o que a filha queria dizer quanto a ter perdido o irmão, não precisava de mais um segredo sendo exposto, ainda que imaginasse sobre o que a mãe pensava, não estava preparada para aquela pergunta. — Mas você e o senhor Castilho vão se casar, não vão? Não estou entendendo como sua vida pode ter acabado. Por mais que tivesse se esforçado para impedir sua reação, Aletheia pretendia falar outras palavras se não aquelas: ——— Eu não pretendo me casar só porque vou ter um filho. Sentia-se até mesmo um pouco ofendida, era exatamente aquilo que esperavam dela, que se cassasse com o pai do bebê? Teria forma de piorar as coisas? O que isso iria aparentar aos olhos dos outros? Que a patinha era apenas uma interesseira. ——— Qual o sentido de me casar agora que todo mundo já sabe que estou grávida? Isso não vai mudar nada. E mamãe, pensa por um momento em como funcionaria isso. Imagina a Alaïs, Hadrían e eu eu sentados em uma mesa de jantar em alguma reunião familiar, pelo narrador isso tudo é um desastre, eu sou um desastre.
                        — Aletheia Nótt Dalgaard, pare já com essa postura ridícula, os Dalgaard não ficam com pena de si mesmos. Você vai sair desse quarto e parar de se culpar. Tudo bem, você fez uma grande burrada, mas não a fez sozinha! A sua vida vai continuar e você vai se casar. Eu mesma vou falar com a rainha Elena se precisar. A garota se sentou sobre a cadeira da escrivania, teatralmente colando a face na mesa lisa, não queria encarar a mulher, sabia que ela estava certa quando a ridiculosidade de seu comportamento, mas não iria se casar, não sobre aquele pretexto. ——— Por favor… Não fale com ela, isso é algo que o Hadrían e a mãe dele tem que resolver sozinhos.
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